Hoje eu conheci um menino que me pareceu muito simpático. Achei ter arrumado um novo amigo. Já conhecíamos nos há cerca de uma semana e havia eu julgado ele ser excelente companhia. Hoje saímos para conversar e o tal menino conseguira (em quarenta e cinco minutos!) provar-me que eu estava errada. Minhas suspeitas levantadas até agora:
a.) Ele recebe árduas aulas de teatro, fez a encenação da vida dele e está agora a rir-se de mim.
b.) Ele detestou a mim e fez de tudo para me fazer sentir repulsa à sua pessoa.
c.) Ele é, por natureza, alguém deprimente.
Sim, estou me utilizando de diversos exageros, sem contar que o figura ao qual me refiro está sendo caricaturizado por minhas hipérboles incessantes. Mas creio que seja isto aqui necessário, pois tornará (creio eu) um pouco mais impactante a minha narrativa.
Finalizando a sessão para explicações, prossigamos:
Conheci este garoto no meu curso de inglês. Ele disse que era extremamente tímido e não gostava de ir à escola. Tanto o era, que não ia mesmo. Nunca tinha ido, para falar a verdade. Recebia todos os trabalhos e testes em casa, "sem necessidade" de comparecer às aulas. Confesso que fiquei um tanto pasma com tal declaração, além de ter ficado preocupada até certo ponto, sendo que o cara tinha 15 anos (como assim, ele NUNCA foi à escola??). De qualquer maneira, marcamos de nos encontrar um dia desses. Por acaso foi hoje. Ao ficar quarenta e cinco minutos (de relógio) a conversar com ele, os tópicos de assunto foram:
-A irmã (realmente) psicopata dele que o tentou matar sufocado dentro de um guarda-roupas quando ele tinha dois anos.
-A vez em que a avó dele tentou cometer suicídio.
-O dia em que ele quebrou o braço da própria mãe (de propósito) por ela ter levantado o tom da voz com o cachorro rottweiler dele (ele me contou isso sorrindo, sem hipérboles agora).
-O único ano em que ele foi à escola e se juntaram quatro alunos para bater nele, ele denunciou os quatro, estes foram expulsos, e a diretora, demitida.
-Quando ele bateu na irmã mais velha dele (a psicopata).
-A vez em que ele mandou demitir quatro psiquiatras por não conseguirem resolver o problema de "ansiedade" dele.
-O dia em que ele perdeu mil dólares em Las Vegas num cassino.
Os assuntos não foram introduzidos exatamente nessa ordem. Mas a questão é: cheguei em casa com nojo da vida, deprimida completamente. Eu pensava como tantas coisas ruins poderiam acontecer na vida de uma pessoa de uma vez só. Me deu uma baita vontade de ajudá-lo, de fazê-lo sentir-se melhor, não sei. De fazer alguma coisa. Eu tentei falar isso com ele, algo do tipo "hey, mas por que você não conversa melhor com a sua mãe, sabe? Talvez você não devesse fazer isso com ela, afinal, ela é sua mãe, não é?" Mais ou menos foi isso o que foi por mim dito, logo sendo eu obrigada a mudar de assunto por ser respondida a gritos dizendo ele não ter nada de errado nisso e que a mãe estava sendo "arrogante" com ele. Bom, terminamos de conversar, eu fui para casa. Tomei um belo banho para purificar-me de tamanha negatividade. Às vezes eu acho que Poliana é um livro que deveria ser lido por mais gente.
PS.: Querem um conselho? De minha humilde opinião, acho que o segredo para uma vida bem-vivida é, sem dúvida alguma, a felicidade. Sejamos todos felizes e gentis. Quem procura acha.Quem procura o ponto negativo, sempre acha. Mas quem procura sempre o lado bom e a gentileza, acha também! Então, meus caros, sejamos pessoas alegres, plantemos flores! Ao plantá-las, colhemos cores, perfume e alegria (sim, isso pode parecer-lhes muitíssimo brega, mas a Ingrid aqui continua acreditando nisso). Beijos a todos.
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